![Podcast T3E8: Peixoto Queiroz - Das Índias para Cacilhas Artwork](https://www.buzzsprout.com/rails/active_storage/representations/redirect/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaHBCREJwVVFJPSIsImV4cCI6bnVsbCwicHVyIjoiYmxvYl9pZCJ9fQ==--e810c7d0d8515bc3000795807d63b54ba7198ddb/eyJfcmFpbHMiOnsibWVzc2FnZSI6IkJBaDdDVG9MWm05eWJXRjBPZ2hxY0djNkUzSmxjMmw2WlY5MGIxOW1hV3hzV3docEFsZ0NhUUpZQW5zR09nbGpjbTl3T2d0alpXNTBjbVU2Q25OaGRtVnlld1k2REhGMVlXeHBkSGxwUVRvUVkyOXNiM1Z5YzNCaFkyVkpJZ2x6Y21kaUJqb0dSVlE9IiwiZXhwIjpudWxsLCJwdXIiOiJ2YXJpYXRpb24ifX0=--1924d851274c06c8fa0acdfeffb43489fc4a7fcc/_buzzJose%20queiroz.jpg)
Ciência com Impacto Podcast
Ciência com Impacto Podcast
Podcast T3E8: Peixoto Queiroz - Das Índias para Cacilhas
O local de trabalho do comandante Peixoto Queiroz é único no mundo. O seu escritório está instalado no interior de uma fragata do século XIX, a última embarcação portuguesa a percorrer, à vela, a Carreira das Índias. Restaurada ao pormenor, a fragata D. Fernando II e Glória está na doca seca de Cacilhas e aberta à curiosidade do público.
A fragata é histórica. Foi construída em Damão, na antiga Índia portuguesa, corria o ano de 1842. Daí foi rebocada até Goa, para ser devidamente aparelhada e armada. E, em 1845, fez-se ao oceano rumo a Lisboa. Foi uma das últimas fragatas do seu tempo, toda construída na nobre madeira de teca e navegando exclusivamente à vela. Durante os 33 anos que esteve ao serviço da Armada navegou o equivalente a cinco voltas ao mundo, viajando diversas vezes entre o Atlântico Norte e o Índico. Depois esteve fundeada no Tejo e serviu como Escola de Artilharia Naval até 1938. Nove anos depois acolheu uma obra de caridade, que dava formação a crianças órfãs e jovens desfavorecidos. Até que, em 1963, um grande incêndio destruiu quase toda a embarcação. E a fragata ali ficou, meio submersa no Tejo.
Em 1992, a Marinha Portuguesa começou a pensar na sua recuperação e restauro. Aproveitando a nova Lei do Mecenato e as Comemorações dos 500 Anos do Descobrimento do Brasil, lançam mãos à obra. Reúnem-se apoios, percorrem-se arquivos antigos em busca dos planos de construção da fragata, contratam-se os melhores carpinteiros. A reconstrução da fragata D. Fernando II e Glória foi feita nos estaleiros da Ria Marine, em Aveiro, e em 1997, foi rebocada até ao Alfeite – onde recebeu a mastreação e foi musealizada. O público da Expo-98 teve o privilégio de a ver em primeira mão.
Uma conversa a não perder.